domingo, 19 de outubro de 2014
The same old story, same old song and dance, my friend.
De onde eu tirei o nome do personagem da história? Sinceramente foi o primeiro nome que me veio à cabeça, e, sim, é uma mistura de Morgan Freeman e Chuck Norris.
Na hora me pareceu genial.
Essa historinha moralista tem um alto nível de ironia e é uma resposta a esses casos imbecis que vemos quase todos os dias no jornal. Sempre a mesma situação se repetindo, quase um dé jàvu. Essas pessoas tidas como gente boa, será que realmente são gente boa? Até que ponto? Até o momento em que elas fazem uma grande merda.
O narrador dessa HQ é um demônio, como vocês irão perceber. Só que ele representa não só a maldade, ele representa o espírito crítico, o ser irônico que apenas observa tudo de longe, sem interferir em nada. Ele observa as pessoas cometerem seus pecados e colocarem a culpa nos deuses. Ele ri porque não tem culpa nenhuma. Ele é um personagem que apareceu na primeira história que eu desenhei e escrevi, criei ele com a ajuda de meus professores do curso. O demônio ou o diabo, seja lá como for, tem aqui um sentido inverso ao que nós conhecemos. Ele é um ser que conhece como ninguém a natureza humana, e nos incentiva a assumir o peso de nossa liberdade.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Diante da Lei.
Kafka. Esse cara é maluco. "Um Médico Rural" é um livro bem complicado, e "Diante da Lei" foi um dos contos que mais me chamou a atenção. Isso porque ele não possui só o sentido que está implícito no título.
Mas oque me levou a fazer essa adaptação foi o fato do texto possuir uma estrutura muito compatível com a das histórias em quadrinhos. Eu achei uma ótima forma de 'disseminar' Kafka para os que ainda não conhecem. Eu particularmente descobri ele através de uma adaptação para os quadrinhos de "A Metamorfose". Enfim, é uma HQ que no final das contas fala sobre a vida, sobre uma pessoa como eu e você.
Uma desventura.
Depois de ler a HQ "Vizinhos", do Laerte, eu fiquei afim de usar o mesmo estilo de narrativa que ele pra contar alguma história. Foi justamente nesse período que São Paulo bateu o record de frio para aquela época do ano, mais ou menos em Julho de 2013. Alguns moradores de rua morreram por conta do frio excessivo.
Pô! Por que então não pegar uma puta história triste e contá-la de forma infantil e engraçada?
Foi essa a intenção.
Mas eles continuam lá, lutando pelas suas vidas e quem sabe até mesmo ouvindo Chet Baker embaixo de alguma janela pelos becos da cidade.
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